História da Cidade de Carandaí - MG

Foto da Cidade de Carandaí - MG

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Carandaí Minas Gerais ? MG HISTÓRICO: As primeiras sesmarias doadas na região que atualmente conforma o município de Carandaí datam, pois, da segunda década do séc.

XVIII, estendendo-se, de forma contínua, durante todo o período colonial.

Tal fato é demonstrado pela constância das sesmarias solicitadas e/ou recebidas ao longo do séc.

XVIII.

A Capela de Ressaca foi erigida, pois, como conseqüência da doação de terras para formação do patrimônio religioso, sob a devoção de Nossa Senhora da Glória.

Tornou-se possível, a partir de então, o parcelamento das áreas rurais eclesiásticas em lotes urbanos que, aforados, deram origem à construção das primeiras casas e a formação de um povoado.

As primeiras casas pertenciam, geralmente, a fazendeiros ou comerciantes ricos.

A provisão ordinária de 7 de janeiro de 1736, que autorizou a construção da Capela de Nossa Senhora da Glória, representa, portanto, a gênese da ocupação urbana em Ressaca.

O povoado recém-criado pertenceu, de início, à freguesia dos Prados, termo da Vila de São José del Rei (atual Tiradentes).

O primeiro pároco e talvez mentor das obras de construção foi o Padre Antônio Martins de Moura, que assumiu em outubro de 1741, tendo como ajudante o vigário João Carvalho de Abreu.

Como dito antes, Padre Antônio tornou-se proprietário de terras na região de Ressaca, portanto beneficiário direto de um possível processo de urbanização da região.

O povoado da Ressaca surgiu, portanto, não como conseqüência da descoberta de ouro aluvional, mas como infra-estrutura necessária para as atividades agrícolas dos fazendeiros, para as atividades comerciais, de hospedagem e realização de serviços, e ainda para facilitar as atividades fiscalizadoras da Coroa portuguesa.

Em 1771, foi nomeado capelão o padre Antônio da Silva e Santos, filho de Domingos da Silva Santos e Antônia da Encarnação Xavier.

Nascido em 1745, Antônio era irmão mais velho de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.

Antônio estudou em Mariana e ordenou-se padre, sendo seu primeiro cargo justamente o de capelão do distrito de Ressaca da freguesia de Prados, tendo permanecido no cargo até 1789, ano da Inconfidência Mineira.

Retirou-se então da vida religiosa, recolhendo-se a uma das freguesias da Vila de Barbacena, onde veio a falecer em 1805.

Ficaram registrados, entre os habitantes de Ressaca no séc.

XIX, aqueles que deixaram testamento, significando que possuíam bens de raiz: Capitão Francisco Gonçalves de Araújo, falecido em 1837, proprietário da Fazenda da Ressaca; Coronel Manoel da Costa Maia, falecido em 1886.

Capitão Patrício José da Silva Moura, falecido em 1853 e seu filho Patrício José da Silva Moura, falecido em 1908.

Angélica Maria Theresa, falecida em 1850, que teve como testamenteiro Julião José da Silva.

Joaquim Vaz da Silva, falecido em 1850, e sua testamenteira Esméria Antônia de Jesus.

José da Silva e Oliveira, falecido em 1855.

José Martins Ramos, falecido em 1846, morador na Fazenda da Ressaca.

A ESTRADA DE FERRO D.

Pedro II e a fundação de Carandaí: O quartel final do séc.

XIX reservaria mudanças significativas para a região Sul de Minas, mudanças que chegariam com a velocidade do trem-de-ferro.

Sabendo do projeto imperial de construção da Ferrovia que ligaria Ouro Preto ao Rio de Janeiro, Francisco Rodrigues Pereira de Queirós, o Barão de Santa Cecília, sabiamente adquiriu terras na região onde seria instalada uma estação da E.

F.

D.

Pedro II.

O primeiro trecho da Estrada de Ferro fora inaugurado em 1858 e, a partir de então, a malha férrea se estendeu rumo ao interior de Minas Gerais, sobreposta ao trajeto do ?Caminho Novo? dos tropeiros.

A linha férrea atingiu Juiz de Fora em 1875 e Barbacena em 1880; chegaria a Ressaquinha em 1881 e a Carandai em 1882.

Talvez seja esse o motivo da elevação de Ressaca à categoria de Freguesia, pela Lei Provincial 1.

887 de 15 de julho de 1872, com o nome de Santana da Ressaca ? resultando na mudança da titularidade da padroeira.

Quatro anos mais tarde, enfim, transferiu-se a sede da Freguesia para o local adquirido pelo Barão de Santa Cecília, que recebia o nome indígena Carandahy, onde estava sendo construída uma nova Igreja e alguns sobrados, ponto de partida para a povoação da nova cidade, que de resto quedaria ligada ao povoado da Ressaca por um trecho da antiga Estrada Real.

A Freguesia recém-criada passou a se chamar Santana de Carandaí, conforme Lei Provincial 2.

325 de 12 de julho de 1876, pertencente à Vila de Barbacena.

Ali seria inaugurada, a 28 de outubro de 1881, a Estação da E.

F.

Pedro II.

Segundo a tradição oral, os primeiros moradores de Carandaí foram o capitão Severino de Moura e Silva, Antônio Patrício de Moura e Cândido Saraiva Nogueira, além do Barão de Santa Cecília.

Consta nos Arquivos da Cúria de Mariana a ?certidão de aforamentos de terras patrimoniais? de Carandahy, ?concedidas a Francisco José Duarte, Antônio Marques Rollo, Domingos José Martins, Antônio Leão Saint Ives, Maria Candida de Oliveira, Gustavo Coelho da Cunha e José Valente Filho? entre 1891 e 1893.

No Boletim Eclesiástico da Diocese de Mariana de julho de 1904, a Paróquia de S.

Anna, em Carandahy, já aparece como Paróquia de Segunda Classe, recebendo 300$ (trezentos réis) da Diocese para sua manutenção.

As obras do ramal ferroviário que deveria chegar a Ouro Preto estiveram paradas entre 1881 e 1889, enquanto se construía um pontilhão sobre o Rio Carandaí.

O povoado recém-criado tornou-se, assim, o ponto final do ramal, o que trouxe uma grande dinâmica econômica e um grande impulso para o seu crescimento.

Todas essas novidades contribuíram para o esvaziamento de Ressaca, cuja capela foi esquecida e abandonada por muitos, mas não todos.

Após a transferência da sede da Freguesia para Carandaí, Ressaca voltou a ser mero Distrito, e sua devoção a Nossa Senhora da Glória permaneceu intocada.

No Almanaque Municipal de Barbacena para 1898 consta a notícia de que, em Ressaca, havia ?uma antiga igreja construída de pedra e ainda em regular estado de conservação, graças especialmente à dedicação da Família Patrício?.

Por outro lado, a chegada da linha férrea colocou Carandaí na rota do crescimento econômico e da industrialização, características marcantes do séc.

XX em Minas Gerais.

Como dito antes, a Estação de Carandaí foi inaugurada em 1881.

Em 1950 é inaugurada a variante entre as estações de Barbacena e Carandaí, via Simão Tamm, já que o traçado original via Ressaquinha era muito sinuoso e de rampas fortes.

A estação de Carandaí mudou então de lugar ? não para muito longe ? e o atual prédio da estação foi construído.

FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA: A Lei 843 de 7 de setembro de 1923 elevou a Freguesia a Município, com o nome de Carandaí, território desmembrado dos Municípios de Barbacena e Conselheiro Lafaiete.

Em 27 de abril de 1924, foi efetivamente instalado o Município.

Em 10 de setembro de 1925, a Lei N°893 concedeu a Carandaí foros de cidade.

O primeiro prefeito foi o Dr.

Rubem do Vale Amado, que exerceu o mandato de abril de 1924 a maio de 1927, iniciando o governo das oligarquias locais ? as famílias Rodrigues Pereira e Pereira Baeta.

A Comarca de Carandaí foi criada pelo Artigo 25 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias de Minas Gerais promulgado em 14-07-1947.

LOCALIZAÇÃO: Carandaí é um município singular, pois pertence a quatro bacias hidrográficas: Rio Grande, Prata, Rio Doce e São Francisco.

Localiza-se na Mesorregião: Campo das Vertentes ? Microrregião: Barbacena ? Coordenadas da Sede: Latitude: -20.

954 ? Longitude: -43.

806 ? Área: 486,2 km² ? Altitude da Sede: 1.

057 m - Clima Tropical, com temperatura Máxima: 33,0° - Mínima: 9,0°.

Os Municípios limítrofes são: Caranaíba, Cristiano Otoni, Casa Grande, Lagoa Dourada, Prados, Dores de Campos, Barbacena, Ressaquinha, Senhora dos Remédios, Capela Nova e Barroso.

GENTÍLICO: CARANDAIENSE.

ALTERAÇÕES TOPONÍMICAS DISTRITAIS: Por força da Lei N° 336 de 27-12-1948, foi criado o Distrito de Hermílo Alves, sendo instalado em 01-10-1949.

Pela Lei Estadual N° 2.

764 de dezembro de 1962 ? Divisão Administrativa do Estado de Minas Gerais ? Anexo I ? N° 133, criou-se o Distrito de Pedra do Sino, sendo instalado em 28-06-1980, obedecendo a Portaria N° 12 de 21-06-1980.

Fonte

IBGE

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